sexta-feira, 16 de julho de 2010

Síndrome da Talidomida

A síndrome da Talidomida é um defeito genético provocado no feto por ingestão na gravidez de medicamento contendo talidomida. A criança nasce sem braços ou sem pernas, ou sem os dois. Pois a maioria dos homens está completamente convencida de que sofre dessa doença, pelo menos os casados.

Mas enquanto os verdadeiros portadores da síndrome aprendem a fazer tudo e levar uma vida normal, seus pseudo-portadores contentam-se em sentar-se no sofá e pedir tudo para a mulher.

- Me traz um café. (não tem pernas)
- Pega a chave do carro pra mim. (não tem braços)
- Pega a minha gravata. (não tem pernas)
- Passa esse short pra mim. (não tem braços)
- Me pega o cinzeiro. (não tem pernas)
- Desliga a TV. (não tem braços nem pernas)
- Vê se estou com febre. (não tem braços)

Por isso a pior coisa do mundo é ter o marido constantemente em casa, não nos deixam fazer nada, pedem mais que bebê de colo. E também é por isso que os médicos agora descobriram uma nova síndrome, que atinge só as mulheres casadas, por motivos óbvios: Síndrome do Marido Aposentado. Deus me livre, já pensou?

Zailda Coirano

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ai, meus sais!

Quando não tem jeito o homem vai pra cozinha. Ou então ele leva jeito pra coisa e diz que vai fazer “um prato especial”. Então, minha amiga, sai de baixo! Depois que ele terminar (salvo raras e honrosas excessões) vai parecer que sua cozinha foi varrida por um tsunami. Tudo na mais completa e perfeita bagunça, sujeira e desordem. 

Para fazer um omelete um homem é capaz de sujar 3 pratos, 2 ou 4 colheres, duas frigideiras, alguns copos e no fim ainda vai deixar as cascas de ovos em cima da pia, o cinzeiro cheio de bitucas em cima da mesa, todos os ingredientes que usou espalhados pela cozinha.

Se vai lavar o carro, além de ficar pedindo tudo pra você: “Cadê o balde, cadê a mangueira, cadê o sabão em pó, cadê a flanela....” no final vai deixar tudo espalhado e a frente da casa toda molhada. Homem é tão bagunceiro que tive um marido que enfiou a caixa de sabão em pó no pára-choque dianteiro e desfilou o domingo todo pela cidade com ele assim, como se fosse um adereço especial.

Portanto quando seu marido falar que vai fazer alguma coisa, ai de ti! Vai ter o dobro do trabalho que teria fazendo você mesma, só para arrumar a bagunça que ele vai deixar.

E eu me pergunto: será que isso é uma tática especial para nos desestimular a pedir pra ele fazer alguma coisa? Se for, garanto que realmente funciona.

Zailda Coirano

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Prioridades femininas

Quando as finanças não andam bem vocês decidem estabelecer prioridades, mas como são um casal – formado, portanto de um homem e uma mulher – já de antemão eu aviso: isso não vai dar certo.

Os homens não entendem as nossas “prioridades”. Claro que um vestido novo é muito mais importante que um rádio para o carro dele; lógico que se nosso secador de cabelo queimou isso é muito mais importante que trocar os pneus do carro; óbvio que a conta do salão de beleza é algo que consideramos prioridade e da qual não abriremos mão de jeito nenhum.

Pra você comprar aquela bolsa linda que viu na loja é prioridade, enquanto ele diz que precisa comprar outro sapato. Pra que comprar outro sapato se já sabemos de antemão que irá comprar outro igualzinho aos 15 pares de sapatos gêmeos siameses que já tem? Quem irá notar a diferença se toda vez que vai à loja volta com um igualzinho a todos os outros?

E pra que outra gravata, se ela vai ser cinza, preta ou marrom como dezenas de outras que ele já tem?

Garanto que sua blusa nova vai ser totalmente diferente das outras que você tem, e que ele vai demorar pelo menos um mês pra se acostumar com a ousadia dela. Mas aí já será tarde... Você já terá comprado outra...

Zailda Coirano

terça-feira, 13 de julho de 2010

Futebol e cerveja

Domingo, o cara está sentado na frente da TV. Umas latinhas de cerveja do lado, mas ele sabe onde está sua mulher? E será que isso importa? Ele tem mulher de segunda a sábado, para suprir suas necessidades e tornar sua vida mais confortável, no domingo assume do que realmente gosta: futebol e cerveja.

É, minha amiga. Há muito machão por aí que não gosta de mulher. Pelo menos não da dele. No único dia em que poderiam fazer um programa a dois, conversar, passear, ver um filme juntos, sei lá, qualquer coisa, imagine: ele se isola na frente da televisão, rodeado por uma ilha de bagunça e sujeita.

Tem marido que nem tira o pijama. Tem marido que nem toma banho no domingo, que é pra mulher ficar de longe e não incomodar. E vem me dizer que gosta de mulher? Que gosta da mulher?

Gosta nada, gosta é de ver 22 marmanjos correndo atrás de uma bola com outros tantos marmanjos de perna peluda apitando e agitando bandeirinhas. Tem até marmanjo que fica no banco, morrendo de aflição, tanta aflição que até come caca de nariz na frente das câmeras.

E tem marido que prefere ficar vendo isso a passar uns momentos românticos com a mulher. E esses são os que gostam de mulher... Diabos me levem o dia em que eu entender os homens...

Zailda Coirano

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Comercial de carro

Comercial de carro é aquela bagaça: ou tem mulher ou tem mulher pelada. Levando-se em conta que a maioria dos homens acima dos 25 está casado e que as mulheres também compram carro (ohhhhhhh!) alguém tem que acordar antes que seja tarde. Eu não compro um carro que me sugere que vou pegar muita mulher (Deus me livre!!!!); eu não compro um carro que sugere que meu marido vai pegar muita mulher.

Será que existe muito homem casado que compra um carro sem a opinião da mulher? Eu duvido. Será que alguma mulher se sugestiona com comercial de carro que só atende às necessidades masculinas? Duvido também.

Quem gasta na sua casa: você ou seu marido? Está na hora das montadoras acordarem e fazerem comerciais de carros para as mulheres, porque além de comprar carro também (e quando compram garanto que não vão na onda de homem nenhum), elas também influenciam na decisão do marido.

Zailda Coirano

domingo, 11 de julho de 2010

Coisas de mulher

Seu namorado critica suas roupas? Ou você já está tão bem treinada que usa só o que ele gosta? Mas desde quando homem entende de moda? Para mim (em matéria de homem, pelo menos) moda e mulher são excludentes, 99% dos homens que gostam de mulher não entendem nada de moda. Mal e porcamente combinam um sapato preto com um terno preto e uma camisa branca. E querem entender o que fica bem e o que não fica?

Para eles o que “fica bem” em você é o que esconde tudo, disfarça tudo e não chama a atenção. As burcas estão descartadas então, porque chamariam a atenção. Então aqueles modelitos que a nossa avó considera ultrapassados para ele ficariam muito bem em você.

Cor é outra coisa que homem não entende. Por quê não usamos tudo preto, branco, bege e cinza como eles? Por quê insistimos no esmalte cor de uva, no batom vermelho ou na blusa Pink? Por quê tantas argolas que balançam, fazem barulho e chamam a atenção?

Na maioria das espécies o macho vem com atributos para chamar a atenção e a fêmea é sem-graça. Na espécie humana isso acontece ao contrário: as mulheres é que foram criadas para chamar a atenção. Se estamos chamando a atenção estamos no nosso habitat natural. Não tem nada a ver com sexo, mas com séculos e séculos de cultura. Temos batons, sombras, esmaltes, pulseiras, botas, sandálias, saias, blusas...

Tudo muda a cada estação e contribuímos para o aquecimento da economia, manutenção do emprego de milhares de profissionais em institutos de beleza, fábricas de calçados, artesãos e milhares de outros. O mercado sinaliza para nós, as propagandas foram feitas para nós. Nós consumimos, nós fazemos o capital girar. E tudo porque queremos um par de botas novas ou um esmalte diferente.

Não nos venha então um exemplar do sexo masculino que não entende lhufas de moda nem de economia nos dizer o que devemos vestir ou calçar.

Zailda Coirano

sábado, 10 de julho de 2010

Minha melhor amiga

Quem não teve (ou tem) uma melhor amiga? Todas temos, não é mesmo? Mas nem sempre sabemos escolher. Muitas inclusive acabam galgando esse posto sem nos consultar e quando damos pela coisa já estamos contando a ela tudo o que nos acontece, tudo o que pensamos e sentimos. Já estamos inseparáveis.

E melhor amiga falsa é o que de pior pode nos acontecer. E quem não teve uma melhor amiga falsa? Daquelas que te aconselham a brigar com o namorado e depois, a título de “negociar as pazes” acabam ficando com ele?

Claro que nem todas as melhores amigas são assim, senão seria melhor dizer melhor inimiga, mas creio que muitas de nós já sentiram o peso da traição e  - acredite – ser traída pela melhor amiga dói mais que ser traída pelo marido, porque a melhor amiga nos conhece tão bem que aperta exatamente onde machuca mais.

Se por acaso a amizade desandar, vá afastando-se aos poucos, arranje um namorado pra ela, incentive-a a mudar-se para o Tibet, mas nunca sequer cogite a possibilidade de tornar-se uma inimiga dela. O pior inimigo é quem já foi seu amigo porque como te conhece bem, já sabe que pode esperar o pior.

Algumas amigas seguem-nos pela vida afora, batizam nossos filhos, odeiam nosso marido e com o tempo passam a tolerá-lo. Nunca entendem porque o escolhemos mas respeitam nossa decisão. Nesse caso vale a pena conservar os dois, mas se resolver trocar de marido conserve a amiga. Marido a gente acaba arrumando outro, amiga de verdade é coisa rara e que vale a pena preservar.

Zailda Coirano

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ele critica você?

Tem homem que é tudo de bom: compreensivo, carinhoso, divide as tarefas, não aparenta muito ciúme, não é mulherengo. Mas – claro – vem com defeito de fábrica. Ele te critica o tempo todo, já notou? Até na frente dos outros ele sempre arranja uma forma sutil de embutir uma crítica (construtiva, claro!) em tudo o que fala. Assim, meio como quem está fazendo uma graça ele vai aos poucos minando sua auto-estima e de princesa ele rapidamente te transforma em gata borralheira. Aliás, gata não, vaca borralheira.

Você não pode engordar um grama que ele já está lá, pinçando as sobras em volta da sua cintura com dois dedos e comentando, de forma simpática: “vida boa, hein?” E acompanhando, um sorriso encantador. Logo em seguida ele veste uma roupa bem colada e exibe a musculatura perfeita dele.

Sempre critica o que você cozinha, sempre encontra alguma coisa fora do lugar. O que mais irrita é a condescendência dele, como se lhe dissesse: tenho que ser paciente, o que mais poderia esperar de você?

Abre o olho, minha filha! Esse homem odeia mulher, teve lá seus problemas em casa e pode até conferir: nunca se deu bem com mulher alguma em casa. Espancava as irmãs, batia boca com a mãe direto. Agora que se casou, vai dedicar-se exclusivamente a você, que será sua única vítima, e vai destruir sua personalidade à custa de muita paciência e anos a fio.

O dia que você acordar, das duas uma: ou estará se sentindo um lixo, ou estará numa clínica de reabilitação.

Zailda Coirano

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Marido ciumento

Quem daí foi contemplada com um autêntico exemplar de “homem ciumento” levante a mão direita e dê 3 pulinhos. Junte-se ao clube, minha amiga! Em matéria de ciúme os homens estão divididos em 3 grupos:

- ciumentos em escala de 1.000 a infinito;
- os que “não ligam” mas que estão sempre dando piti dizendo que não é ciúme;
- os que não estão nem aí pra você porque estão de olho em outra ou porque mulher não é sua praia.

Tanto os da primeira quanto os da segunda categoria são ciumentos até demais, a diferença é que o primeiro grupo assume, enquanto o segundo faz de conta que não é, ou diz que o ciúme doentio que sentem é outra coisa.

Sejam da primeira ou da segunda categoria, se você é daquelas que ainda acham que “ciúme é sinal de amor”, vá tirando seu cavalinho da chuva antes que ele pegue uma pneumonia viral dupla nos dois pulmões, porque ciúme não é nem nunca foi sinal de amor, muito menos quando quem sente o ciúme é um exemplar do sexo masculino.

O que acontece é que homem tem pavor de levar chifre, portanto terá as mais estapafúrdias e desproporcionais atitudes sempre que sentir – mesmo que levemente – a mais remota possibilidade de ser enfeitado sem ser carnaval. O Ricardão assombra muito mais os sonhos do homem que o Freddy Krueger, o Jason do filme sexta-feira 13, o Drácula e o Frankenstein juntos.

O dia em que ele chegar em casa e der de cara com um cara que está arrumando o guarda-roupa (lá dentro) vai enfartar, mesmo se foi ele que o contratou. Sua paranóia é tanta que até telefonemas do seu chefe despertarão suspeitas. Sua melhor amiga ligando no seu celular desperta suspeitas.

Falando em celular, acho que ainda não inventaram maquininha pior pra incentivar a insanidade e a paranóia masculina. Reviram o troço e ficam perguntando: “de quem é esse número que ligou pra você hoje às 3 da tarde?” Como é que a gente vai lembrar, em nome de Deus? Então a gente tasca: da manicure, confirmando minha hora no salão. E ele fica lá, pensando se deve ligar pra manicure pra confirmar nossa hora no salão de novo.

Algumas espertinhas devem estar pensando que se todo homem é assim o único modo de livrar-se é virar lésbica. Não aconselho, dizem que ciúme de lésbica é pior ainda. Acho que o melhor, se você quer mesmo livrar-se dos ciumentos, é casar com um homem que não gosta de mulher (vai adorar se o Ricardão fizer a parte dele, ainda mais se for um Ricardão bem bonito...) ou então ficar solteira.

Zailda Coirano

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Quem vai lavar os pratos?


O leitor Ricky comentou sobre uma de minhas postagens no blog “Sobre Homens e Mangas” que “alguns homens fazem a mulher de empregada” e isso é uma verdade que todos sabemos. E ele nem tem culpa porque a “sogra” da mulher já o condicionou assim desde pequeno.

Ela lavava, passava e cozinhava para ele desde sempre sem nunca cobrar nada em troca. Ela o mimou, amou e amamentou, tratando-o como um reizinho e ainda por cima aparece à nossa porta numa sexta-feira de manhã (sem avisar) dizendo que “estava por ali e deu só uma passadinha pra ver como andavam as coisas”.

Ou seja, além de educar o filho para tiranizar a futura esposa, exigindo dela mais do que qualquer mortal é capaz, ainda aparece para fiscalizar.

Casamento moderno

Os casamentos ditos “modernos” têm uma dinâmica diferente, como todos dizem, “as tarefas são divididas”. A mulher também trabalha, e como a mãe dele não trabalhava, e se trabalhava fazia o possível para que seu trabalho não “incomodasse” os outros membros da família, ele até concorda que pode “ajudar”.

Começa aí o problema, porque “ajudar” e “dividir” não são sinônimos. Quando o homem diz que vai “ajudar”, muito cuidado, minha amiga. Isso significa que ele reconhece o trabalho de casa como obrigação sua e vai fazer uma pequena parte quando ele quiser e puder.

Se o marido diz: “vamos dividir as tarefas” é uma coisa; se diz: “vou ajudar” está preparando uma armadilha e quando você, toda contente, concorda, na verdade está é enfiando o pezinho na delicada armadilha que anos de cultura machista prepararam para você.

Como funciona na prática

As tarefas divididas
Segundona, chegam os dois do trabalho, a casa assim meio que revirada. Ele pega a vassoura e vai limpando, esvaziando os cinzeiros e botando a roupa suja no cesto. Você vai colocando o jantar no fogo enquanto lava a louça.

Ele ajuda
Segundona, chegam os dois do trabalho, ele esvazia o cinzeiro dele, pega as roupas sujas e joga tudo em cima da cama “para você separar depois”, afasta tudo o que está na mesinha da sala até achar o controle remoto, senta no sofá, liga a TV, bota o pé na mesinha, joga o paletó e a gravata no lugar onde você deveria sentar, reclama que teve “um dia daqueles” e pergunta se dá pra você fazer um café enquanto faz a janta.

As tarefas divididas
Sábado de manhã, você arruma a casa enquanto ele lava a louça; depois ele corta os legumes e você faz a salada do almoço. Ele sai com o cachorro para passear e na volta traz a sobremesa. O almoço já está na mesa.

Ele ajuda
Sábado de manhã, ele diz que vai levar o cachorro para passear “enquanto você arruma a casa” e volta daí a 4 horas quando a casa já está limpa e a comida na mesa. Você, de cara feia, pergunta “onde está o cachorro” e ele: “putz, onde foi que deixei o cachorro? Acho que o esqueci no parque”.

As tarefas divididas
Domingo de manhã, vocês decidem que vão almoçar fora e depois vão ao cinema.

Ele ajuda
Ele te deixa em casa às voltas com a máquina de lavar e vai para a casa da mãe, avisa que vai almoçar lá e que depois vai ao futebol com os amigos.

A diferença entre o machão que acha que a esposa deve fazer tudo e o que “ajuda” é que o machão a gente pode desmascarar a qualquer momento. O que “ajuda” sempre irá dizer com ar inocente: “Mas eu te ajudo”.

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