sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vocè impõe limites?

Todos os relacionamentos (ou pelo menos uma boa parte deles) começa mais ou menos da mesma maneira: no começo tudo são flores. Depois, à medida em que a relação avança (ou que desanda, conforme o caso) algumas atitudes começam a nos incomodar.

Você é do tipo que impõe limites claros ou fica remoendo a raiva que os hábitos irritantes lhe provocam, fazendo de conta que está tudo bem?

Fomos criadas para aceitar tudo, ou pelo menos não reclamar demais. A maioria de nós acha que se começarmos a impor limites e a reclamar das manias masculinas o homem vai desaparecer como que por encanto.

Eu já prefiro impor logo limites claros e se ele bater asas e voar pelo menos isso acontecerá logo no início, quando ainda não investi muito tempo e paciência nessa relação. Mas há quem prefira viver "fazendo de conta" que concorda com tudo.

Essa atitude é no mínimo arriscada e no máximo passível de ser julgada desonesta. Para começar, "fazer de conta" nunca é uma boa ideia, a não ser que seja apenas uma fantasia sexual. Em se tratando de verdades a serem ditas em relacionamentos essa técnica pode ser arriscada, sobretudo se você planeja que esse relacionamento se torne algo duradouro.

Não vale a pena "posar de legal e compreensiva" se você não é. As relações devem ser levadas com verdade acima de tudo, e se você não suporta que fumem no seu quarto e fizer de conta que aprova, no caso de o relacionamento vingar, imagine quantos anos terá que suportar isso. E aí, podem acontecer várias coisas (todas desagradáveis):

- você pode ficar de mau humor a cada cigarro que ele acenda, e ele não sabendo que você não gosta que fumem no seu quarto pode achar que há algo errado, ou que você já não gosta mais dele quanto antes.

- você pode acabar "descontando" a raiva que sente quando ele fuma no seu quarto em outras coisas, mais ou menos nocivas ao relacionamento: dizendo que está com dor-de-cabeça para evitá-lo, já que a raiva e o cheiro de cigarro detonaram seu apetite sexual; você pode manchar a camisa favorita dele num acesso de sadismo enrustido; você pode irritá-lo fazendo alguma coisa que ele não gosta mas foi suficiente maduro e franco para lhe dizer.

- você pode ir juntando essa atitude dele com outras tantas que você também não gosta - mas que nunca disse a ele - e um dia seu amor vai estar tão desgastado que você irá considerá-lo o homem mais irritante e cheio de manias idiotas da face da terra.

Não se trata aqui de ser uma chata de galochas e ficar policiando o comportamento dele e dizendo a todo momento o que fazer ou não fazer para não irritá-la. A não ser que o seu namorado seja o Homem Invisível, a presença dele na sua casa e na sua vida sempre implicará em uma certa dose de tolerância de sua parte. Mas tolerância não quer dizer silêncio absoluto, algumas manias que você não tolera devem ser mencionadas.

Se as pessoas se mostrassem exatamente como são e não como acham que o outro espera que sejam, talvez se tornassem menos atraentes para os candidatos ao cargo de futuro marido ou esposa, mas com toda certeza também se poupariam anos de frustração e permitiriam que o outro também se adaptasse à eles, porque ninguém tem bola de cristal e ele certamente não irá fazer esforço nenhum para evitar comportamentos que a irritam profundamente ou comportamentos que você não aceita se você não for clara e direta desde o princípio dizendo isso a ele.

E - acredite - se ele não aceitar deixar de fumar no quarto e simplesmente for embora, você na certa está se poupando anos de chatice e irritação e estará livre para encontrar alguém mais compreensivo e maleável. Afinal de contas, quem foi que disse que para que um relacionamento sobreviva, tem que ser às custas da adaptação da mulher?
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