sábado, 29 de maio de 2010

Você tem a "síndrome do funil"?


Algumas mulheres parecem estar predestinadas a envolverem-se sempre com o popular (pra elas lá) homem errado. Sabe o tipo que não gosta de trabalhar? Pois é, esse tipo de mulher pode ser inteligente como for, que não dá uma semana que conheceu o tal e já está caidinha de paixão por ele. Depois de um verdadeiro calvário, problemas familiares e financeiros graças ao infeliz, lá está ela de novo, como um autêntico exemplar de cafajeste de carteirinha, desses que passam a perna até na própria mãe no leito de morte.
E não é falta de avisar, as amigas cansam de dar conselho, a família se desespera. Bobagem. Não se passam nem dois meses da última incursão ao inferno e já está ela lá com outro tipo que poderíamos classificar de “duvidoso” caso nos restasse – pelo menos – uma pálida dúvida quanto ao caráter – ou falta de – do “dito cujo”, que irá encabeçar a lista dos problemas, probleminhas e problemões que ela terá nos próximos meses, ou até desvencilhar-se do cujo por bem ou à força.
Se você está achando essa descrição “vagamente familiar” ou se tem a impressão que estou escrevendo a história da sua vida amorosa, então minha cara você é portadora dessa disfunção potencialmente destruidora da auto-estima de sua portadora e arrasadora de carreiras brilhantes das mulheres mais inteligentes que já conheci.
Batizaremos essa disfunção comum às mulheres inteligentes, com o simpático nome de “síndrome do funil” e vou explicar por que. As mulheres portadoras dessa disfunção conhecem um homem que sabem que não devem ter. Então, ao invés de se afastarem como “as outras” fazem, vão  fazendo círculos cada vez menores em volta dele até caírem no buraco.
Elas não podem ver tipos de caráter duvidoso: uns não gostam de trabalhar, outros batem em mulher, outros ainda já pagam pensão para 4 ou 5 mulheres que engravidaram, abandonaram e ignoram agora. Quanto mais torto o caráter, menor o tempo levado pra entrar no buraco do funil.
O problema com as mulheres portadoras da SF é que o primeiro sintoma da síndrome é o entorpecimento da razão, que passa a funcionar para tudo, menos para o que diga respeito ao “novo membro do clã”. Se ele estava agarrado com uma loura dentro de um fusca na esquina da casa dela ela vai entrar em parafuso mas depois de conversar com ele vai explicar:
- A mulher o agarrou à força, o coitado nem queria me contar que ela o perseguia para não me chatear.
Claro! E mais claro ainda está que com a razão embotada ela só irá ver o que quer, aliás – o que ele quiser que ela veja. E por mais que ela sofra com ele, bastará aparecer um “cachorro abandonado” que ela estará prontinha para embarcar em outra canoa furada.
Se você se encaixa nesse perfil e ainda acha que todos os cafajestes do mundo combinaram de seduzi-la com seus encantos irresistíveis (que só você vê) das duas uma: ou também sofre da “síndrome de tapar o sol com peneira” ou então além de sofrer da síndrome também é paranóica.
Venhamos e convenhamos. Eles não a procuram, é você quem os escolhe a dedo. Se você tem baixa auto-estima (melhor seria dizer “baixo-estima” nesse caso) e acha que merece sofrer ou não merece coisa melhor; se quer consertar o mundo e se acha a sucessora da Madre Teresa e crê que “com o tempo” vai desentortar o caráter deles; se tem medo de se envolver seriamente e se acha incapaz de levar a cabo uma relação duradoura e estável então escolhe o que já sabe que não vai dar certo; se é espírito de porco e escolhe o que os outros rejeitam; se quer agredir o mundo desfilando com tipos que fazem seus amigos correr léguas de você; se quer mudar de emprego e não tem coragem de pedir a conta; ou se... (umas duzentas causas possíveis), isso é lá com você e seu psicólogo. Porque amiga, cá pra nós, você está precisando urgentemente de um. Ou então passe em um centro espírita pra uma sessão de descarrego. Triplo.
Zailda Coirano

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vocè impõe limites?

Todos os relacionamentos (ou pelo menos uma boa parte deles) começa mais ou menos da mesma maneira: no começo tudo são flores. Depois, à medida em que a relação avança (ou que desanda, conforme o caso) algumas atitudes começam a nos incomodar.

Você é do tipo que impõe limites claros ou fica remoendo a raiva que os hábitos irritantes lhe provocam, fazendo de conta que está tudo bem?

Fomos criadas para aceitar tudo, ou pelo menos não reclamar demais. A maioria de nós acha que se começarmos a impor limites e a reclamar das manias masculinas o homem vai desaparecer como que por encanto.

Eu já prefiro impor logo limites claros e se ele bater asas e voar pelo menos isso acontecerá logo no início, quando ainda não investi muito tempo e paciência nessa relação. Mas há quem prefira viver "fazendo de conta" que concorda com tudo.

Essa atitude é no mínimo arriscada e no máximo passível de ser julgada desonesta. Para começar, "fazer de conta" nunca é uma boa ideia, a não ser que seja apenas uma fantasia sexual. Em se tratando de verdades a serem ditas em relacionamentos essa técnica pode ser arriscada, sobretudo se você planeja que esse relacionamento se torne algo duradouro.

Não vale a pena "posar de legal e compreensiva" se você não é. As relações devem ser levadas com verdade acima de tudo, e se você não suporta que fumem no seu quarto e fizer de conta que aprova, no caso de o relacionamento vingar, imagine quantos anos terá que suportar isso. E aí, podem acontecer várias coisas (todas desagradáveis):

- você pode ficar de mau humor a cada cigarro que ele acenda, e ele não sabendo que você não gosta que fumem no seu quarto pode achar que há algo errado, ou que você já não gosta mais dele quanto antes.

- você pode acabar "descontando" a raiva que sente quando ele fuma no seu quarto em outras coisas, mais ou menos nocivas ao relacionamento: dizendo que está com dor-de-cabeça para evitá-lo, já que a raiva e o cheiro de cigarro detonaram seu apetite sexual; você pode manchar a camisa favorita dele num acesso de sadismo enrustido; você pode irritá-lo fazendo alguma coisa que ele não gosta mas foi suficiente maduro e franco para lhe dizer.

- você pode ir juntando essa atitude dele com outras tantas que você também não gosta - mas que nunca disse a ele - e um dia seu amor vai estar tão desgastado que você irá considerá-lo o homem mais irritante e cheio de manias idiotas da face da terra.

Não se trata aqui de ser uma chata de galochas e ficar policiando o comportamento dele e dizendo a todo momento o que fazer ou não fazer para não irritá-la. A não ser que o seu namorado seja o Homem Invisível, a presença dele na sua casa e na sua vida sempre implicará em uma certa dose de tolerância de sua parte. Mas tolerância não quer dizer silêncio absoluto, algumas manias que você não tolera devem ser mencionadas.

Se as pessoas se mostrassem exatamente como são e não como acham que o outro espera que sejam, talvez se tornassem menos atraentes para os candidatos ao cargo de futuro marido ou esposa, mas com toda certeza também se poupariam anos de frustração e permitiriam que o outro também se adaptasse à eles, porque ninguém tem bola de cristal e ele certamente não irá fazer esforço nenhum para evitar comportamentos que a irritam profundamente ou comportamentos que você não aceita se você não for clara e direta desde o princípio dizendo isso a ele.

E - acredite - se ele não aceitar deixar de fumar no quarto e simplesmente for embora, você na certa está se poupando anos de chatice e irritação e estará livre para encontrar alguém mais compreensivo e maleável. Afinal de contas, quem foi que disse que para que um relacionamento sobreviva, tem que ser às custas da adaptação da mulher?
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