quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Como fazer uma mulher feliz

Fazer uma mulher feliz é muito fácil.  Só é necessário ser:

01) Amigo
02) Companheiro
03) Amante
04) Irmão
05) Pai
06) Chefe
07) Educador
08) Cozinheiro
09) Mecânico
10) Canalizado
11) Decorador de Interiores
12) Estilista
13) Eletricista
14) Sexólogo
15) Ginecologista
16) Psicólogo
17) Psiquiatra
18) Terapeuta
19) Audaz
20) Simpático
21) Esportista
22) Carinhoso
23) Atento
24) Cavalheiro
25) Inteligente
26) Imaginativo
27) Criativo
28) Doce
29) Forte
30) Compreensivo
31) Tolerante
32) Prudente
33) Ambicioso
34) Capaz
35) Valente
36) Decidido
37) Confiável
38) Respeitador
39) Apaixonado
40) Sensível

UFFFF...

E é muito importante ainda, não esquecer as datas:

Aniversário, noivado, casamento, formatura, menstruação, data do
primeiro beijo.

E também:

Aniversário da tia, irmão ou irmã mais querida, aniversário dos avós, da
melhor amiga, do cachorro e do gato.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Mulheres sensatas, escolhas nem tanto

Algumas mulheres têm um tipo de comportamento comum às adolescentes mas que as persegue por toda a vida adulta. Quem não tem ou teve uma amiga especialista em escolher homens errados?
Mas não se trata apenas de homens errados, são aqueles bem errados mesmo, aqueles que deixariam nossas avós de cabelo em pé - no tempo em que ela ainda tinha cabelo. Ao que parece antes de tudo acontecer elas sabem que aquele homem é errado - aliás a graça está justamente em SABER que é errado - mas quando cruzam o primeiro olhar elas começam então algo que chamarei aqui de "longa caminhada em círculos rumo ao precipício".
Quando ela e o homem em questão - que pode ser casado, vagabundo profissional, espancador ou explorador de mulheres, traficante, ou que tenha qualquer "virtude" que o desclassifique inapelavelmente para o papel de futuro consorte - cruzam pela primeira vez os olhares e fica claro pra ela que "ali tem", começa então a tortura. O comportamento, que poderia ser classificado como uma síndrome, pois seus "sintomas" são semelhantes em todas as que o apresentam, assemelha-se ao de uma mariposa que voa em torno do fogo e mesmo sabendo que morrerá com as asas queimadas continua cada vez em círculos menores rumo ao seu inexorável destino.
E digo inexorável porque uma vez dada a bandeirada inicial a mulher em questão não arredará nem um milímetro que seja e seguirá em frente (ou em círculos cada vez menores, como queiram) até despencar de vez no precipício.
Imagino que esse auto-sacrifício planejado acontece com essas mulheres - que normalmente são profissionais bem sucedidas, ou não despertariam o interesse do marmanjo em questão, que de caráter não tem nadinha - porque a iminência do perigo faz o sangue correr nas veias. Cientistas já afirmaram que quando estamos com medo nosso corpo segrega substâncias que são percebidas pelo cérebro de forma muito semelhante ao prazer sexual.
As reações de nosso corpo ao medo e à paixão, por incrível que possa parecer, são muito parecidas: o disparar do coração, o tremor nos joelhos, o calor nas orelhas... Confundem dessa forma as moçoilas medo com paixão e julgam-se apaixonadas. E adrenalina vicia.
Depois de iniciado o processo de nada adiantam conselhos, reprimendas, xororô da família e o que o valha, porque ela se fará de surda e cega e só despertará para a bobagem que cometeu meses ou anos depois, já atolada até o nariz nas consequencias - via de regra desagradabilíssimas - da escolha infeliz.
Essa confusão e uma certa mistura de medo com paixão é muito comum, os amantes mais famosos da literatura certamente a viveram. Tudo bem que a Julieta já era apaixonada pelo Romeu antes de descobrir que ele era da família arqui-inimiga da sua e estava sendo caçado que nem bicho pela morte de seu primo, mas que depois de descobrir isso ela caiu de quatro por ele com redobrada paixão, isso não há como negar.
Quem é assim ou tem amiga ou parente assim, só aconselho que reze, ou então que afaste da presença dessa mulher qualquer homem que tenha uma falha grave de caráter, senão já viu...

(por Zailda Mendes)

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Sinal dos tempos

Antigamente as mulheres viviam à sombra e às custas de seus pais e a responsabilidade por elas era transferida deste para seu esposo. Naquele tempo, mulher sem marido era solteirona, ficava pra titia. E "titia" era sinônimo de nada, ninguém. A "titia" não tinha vida própria, titia nem era parente, era aderente. E aderia à família de algum irmão ou alguma irmã para cuidar de seus filhos até que, bem velhinha, algum sobrinho-neto a adotasse ou, quem sabe, um asilo a esperasse.

Carreira não havia outra além de mãe-de-família e dona-de-casa, também romanticamente intitulada "a rainha do lar'. Mas tudo mera maquiagem pra uma situação subalterna, a diferença entre titias e rainhas do lar era apenas que as segundas tinham um marido. E isso fazia toda a diferença.

Ter um marido significava, entre outras coisas, que alguém tinha se dignado a dar a ela um segundo olhar, que a "elegera" para constituir com ela uma família nos sagrados moldes que impunha a sociedade.

Se uma dessas rainhas do lar por acaso se separasse do marido, tornava-se então escória da sociedade, era evitada e sua casa não poderia jamais ser frequentada pelas "moças de bem".

Mudou a sociedade, mudaram as regras, hoje as mulheres nos bancos das universidades e cursos profissionalizantes são maioria. Eu própria tenho mais alunas que alunos, a cada ano mais e mais as mulheres disputam palmo a palmo com os homens o restrito e competitivo mercado de trabalho, e com isso ganham o direito de sonhar, realizar, sustentar-se.

Há entretanto alguns casos que não sei como podem acontecer nos dias de hoje, depois de tanta luta das mulheres por direito a uma carreira e ao respeito por suas opções, vejo muitas mulheres que se dizem casadas, agarradas à essa condição como se, como as mulheres de outrora, corressem o risco de tornarem-se madalenas apedrejadas por romper o sagrado vínculo do matrimônio.

Conheço mulheres - e infelizmente não uma nem duas - que se debatem num relacionamento que poderia ser classificado como sofrível (pra ser benevolente) e que não arredam pé, sabe-se lá por que cargas dágua.

Tenho amigas, e não são essas mulheres pessoas limitadas e sem horizontes, algumas são até bem talentosas e cheias de recursos, que suportam maridos que as traem abertamente, têm filhos com outras mulheres, que ainda se dão ao desfrute de virem à porta de suas casas bater boca e reclamar direitos e elas aguentam caladas.

Mulheres que têm sucesso profissional e aceitam sustentar maridos que por qualquer pretexto se encostam e se mostram desde o início avessos ao trabalho e ao sustento do lar. Outras que tornam-se sacos de pancadas nas mãos de homens violentos e frustrados que nelas descontam todas as suas frustrações. E algumas outras que toleram homens que as tratam pouca coisa melhor que um capacho. E eu me pergunto: por quê?

Por quê se sujeitam essas mulheres a viver debaixo do mesmo teto que esses seres que não lhes dão nenhum valor? Será que pensam, à exemplo de nossas ancestrais, que se não tiverem um marido não serão ninguém? Será que acham que sempre é melhor ser a "Senhora Fulano de Tal"? Pensarão essas mulheres realmente que precisam nos dias de hoje de um homem que as ampare e que lhes dê um nome? E a que custo?

Por meu lado não tive dúvidas, sempre que um relacionamento não foi satisfatório não tive problemas em desvencilhar-me dele. Creio que fazendo isso, não só estava me libertando de algo que me fazia infeliz como também abrindo para mim mesma as portas de um novo relacionamento, que poderia ser aquele que realmente me realizaria como mulher. E assim foi.

Espero que um dia nossas amigas que se debatem em relacionamentos ruins, com medo de retomar sua vida em suas próprias mãos, que olhem em volta e vejam se realmente isso tudo vale a pena. E sobretudo que se lembrem de que outra vida depois dessa pode ser uma crença, mas não é uma garantia, portanto não podemos nos dar ao luxo de desperdiçar essa aqui sendo absoluta, completa e totalmente infelizes.

(por Zailda Mendes)