quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Mulheres sensatas, escolhas nem tanto

Algumas mulheres têm um tipo de comportamento comum às adolescentes mas que as persegue por toda a vida adulta. Quem não tem ou teve uma amiga especialista em escolher homens errados?
Mas não se trata apenas de homens errados, são aqueles bem errados mesmo, aqueles que deixariam nossas avós de cabelo em pé - no tempo em que ela ainda tinha cabelo. Ao que parece antes de tudo acontecer elas sabem que aquele homem é errado - aliás a graça está justamente em SABER que é errado - mas quando cruzam o primeiro olhar elas começam então algo que chamarei aqui de "longa caminhada em círculos rumo ao precipício".
Quando ela e o homem em questão - que pode ser casado, vagabundo profissional, espancador ou explorador de mulheres, traficante, ou que tenha qualquer "virtude" que o desclassifique inapelavelmente para o papel de futuro consorte - cruzam pela primeira vez os olhares e fica claro pra ela que "ali tem", começa então a tortura. O comportamento, que poderia ser classificado como uma síndrome, pois seus "sintomas" são semelhantes em todas as que o apresentam, assemelha-se ao de uma mariposa que voa em torno do fogo e mesmo sabendo que morrerá com as asas queimadas continua cada vez em círculos menores rumo ao seu inexorável destino.
E digo inexorável porque uma vez dada a bandeirada inicial a mulher em questão não arredará nem um milímetro que seja e seguirá em frente (ou em círculos cada vez menores, como queiram) até despencar de vez no precipício.
Imagino que esse auto-sacrifício planejado acontece com essas mulheres - que normalmente são profissionais bem sucedidas, ou não despertariam o interesse do marmanjo em questão, que de caráter não tem nadinha - porque a iminência do perigo faz o sangue correr nas veias. Cientistas já afirmaram que quando estamos com medo nosso corpo segrega substâncias que são percebidas pelo cérebro de forma muito semelhante ao prazer sexual.
As reações de nosso corpo ao medo e à paixão, por incrível que possa parecer, são muito parecidas: o disparar do coração, o tremor nos joelhos, o calor nas orelhas... Confundem dessa forma as moçoilas medo com paixão e julgam-se apaixonadas. E adrenalina vicia.
Depois de iniciado o processo de nada adiantam conselhos, reprimendas, xororô da família e o que o valha, porque ela se fará de surda e cega e só despertará para a bobagem que cometeu meses ou anos depois, já atolada até o nariz nas consequencias - via de regra desagradabilíssimas - da escolha infeliz.
Essa confusão e uma certa mistura de medo com paixão é muito comum, os amantes mais famosos da literatura certamente a viveram. Tudo bem que a Julieta já era apaixonada pelo Romeu antes de descobrir que ele era da família arqui-inimiga da sua e estava sendo caçado que nem bicho pela morte de seu primo, mas que depois de descobrir isso ela caiu de quatro por ele com redobrada paixão, isso não há como negar.
Quem é assim ou tem amiga ou parente assim, só aconselho que reze, ou então que afaste da presença dessa mulher qualquer homem que tenha uma falha grave de caráter, senão já viu...

(por Zailda Mendes)

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